Brasil está entre os países mais pessimistas em relação à economia, diz pesquisa

Economia

Apenas 9% dos brasileiros acreditam que a situação econômica do país é boa, 53% avaliam que a vida era melhor há 20 anos e 53% estimam que as crianças atuais encontrarão um futuro econômico pior. Estas são as conclusões sobre o Brasil em um estudo do Pew Research Center, que avaliou o humor de pessoas de 27 países dez anos após a quebra do Lehman Brother, que levou o mundo à crise financeira de 2008. O estudo foi divulgado na manhã desta terça-feira em Washington.

O Brasil está entre os países em que as pessoas pior avaliam sua situação econômica, atrás de Grécia (4%) e Tunísia (8%). Na outra ponta, a Holanda é onde há mais pessoas satisfeitas com a atual situação econômica: 85%. O levantamento foi feito nos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Holanda, Polônia, Espanha, Suécia, Reino Unido, Rússia, Austrália, Índia, Indonésia, Japão, Filipinas, Coreia do Sul, Israel, Tunísia , Quênia, Nigéria, África do Sul, Argentina, Brasil e México.

O tradicional otimismo do brasileiro parece ser abandonado ao falar de economia: enquanto 43% dos entrevistados pelo Pew estimam que a economia será pior para as crianças atuais, somente 34% acreditam em dias melhores no futuro, e 22% avaliam que a situação econômica será igual à atual. Este fenômeno é semelhante a outros países. Os índices brasileiros são idênticos aos da média das nações emergentes. Nos países desenvolvidos, o pessimismo com o futuro é um pouco maior: 56% acreditam que a situação financeira das atuais crianças será pior que a atual, enquanto 34% esperam melhorias.

O levantamento do Pew aponta que nos países avançados houve uma forte melhoria da percepção econômica atual. 78% dos alemães, por exemplo, avaliam como bom o atual momento econômico, 50 pontos percentuais a mais que em 2009. Entre os americanos, 65% avaliam a atual situação econômica como positiva, 48 pontos a mais do que há nove anos. Mas o pessimismo com o futuro indica pouca confiança nesta recuperação.

“Uma década após a crise financeira, a confiança foi recuperada em muitos países, mas o pessimismo sobre o futuro persiste, assim como a sensação de que condições econômicas eram melhores antes da crise”, afirmou Bruce Stokes , do Pew Research Center, no estudo.


Fonte: Época Negócios

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