Crédito bancário recua em julho, mas BC destaca aumento de 2,4% em 12 meses
Segundo Renato Baldini, da instituição, alta do crédito em 12 meses é a maior desde abril de 2016.
O volume total de crédito ofertado pelos bancos recuou 0,2% em julho deste ano, para R$ 3,125 trilhões, refletindo um "comportamento sazonal" (típico dessa época do ano) das operações com empresas, informou o Banco Central nesta quarta-feira (29).
"A retração mensal [do crédito para as empresas] refletiu principalmente a liquidação sazonal de operações diretamente relacionadas ao fluxo de caixa das empresas (desconto de duplicatas e recebíveis e antecipação de faturas de cartão de crédito)", explicou o BC.
Apesar da queda em julho, por causa das operações com empresas, os números da instituição mostram que houve uma alta de 1,1% no volume total de crédito bancário na parcial dos sete primeiros meses deste ano, e de 2,4% em doze meses até julho.
O chefe adjunto do Departamento de Estatística do Banco Central, Renato Baldini, afirmou que alta registrada em 12 meses até julho é a maior desde abril de 2016.
"O mercado de crédito manteve a tendência [em 12 meses até julho] de recuperação observada nos últimos meses, e retomou um ritmo de crescimento que a gente via há cinco anos atrás", declarou.
Ele observou que o crédito bancário total acelerou, nesse critério, porque houve queda de 0,6% em julho do ano passado – resultado que foi excluído da conta quando o mesmo mês desse ano ingressou no cálculo.
"Em julho do ano passado, houve uma queda de R$ 22 bilhões no crédito bancário, contra um recuo de R$ 5 bilhões no último mês", explicou Baldini.
Para este ano, a expectativa da instituição é de um crescimento de 3% no crédito bancário, após dois anos de tombo. Para as pessoas físicas, a previsão de alta dos empréstimos é de 7,5% em 2018. Para as pessoas jurídicas, a estimativa é de uma queda de 2% neste ano.
Fonte: G1