Gerar menos para tratar mais!
O Brasil é hoje um dos maiores produtores de etanol do mundo e, por consequência, gera um volume de vinhaça bastante representativo.
Atualmente, a solução que se tem para vinhaça na indústria brasileira é de ser utilizada como adubo em sua forma líquida e in natura, que vem direto da destilaria. Portanto, precisamos pensar na redução do volume gerado. O volume de vinhaça está diretamente ligado a qualidade da matéria prima (vinho), obviamente um vinho rico em etanol gera um volume menor de vinhaça. Na
tabela 01 podemos verificar a influência do grau do vinho com relação ao volume de vinhaça.
Grau Alcoólico [ºGL] |
Volume Especîfico de vinhaça [L/L] |
7,0 |
13,5 |
8,0 |
11,7 |
9,0 |
10,4 |
10,0 |
9,2 |
Quando falamos em tratar a vinhaça é preciso analisar o processo como um todo. Pensar em vinhos com graus alcoólicos mais elevados, realizar o aquecimento indireto na base da coluna de esgotamento (coluna A) e, aí sim, pensar em trata-la.
Outro ponto relevante é a maneira de aquecer as colunas, pois atualmente muitos aparelhos de destilação não possuem um sistema de aquecimento indireto na base da coluna de esgotamento de vinho (coluna A), o vapor entra diretamente e o volume de vinhaça vai aumentar porque o condensado de vapor se soma a vinhaça. A JW tem várias unidades com este sistema de aquecimento indireto com Evaporadores “Falling Film” instalados operando com vapor vegetal e os resultados são excelentes.
Exemplificando uma unidade que produz 2.000 m³/d de etanol hidratado:
Grau Alcoólico [ºGL] |
Volume da Vinhaça com aquecimento direto [m³/h] |
Volume da Vinhaça com aquecimento indireto [m³/h] |
7,0 |
1.125 |
942 |
10,0 |
767 |
633 |
Nota-se a grande diferença no volume de vinhaça, melhorando o processo e sem concentrar, saímos de um volume de 1.125 m³/d e chegamos a 663 m³/h.
A JW oferece no mercado duas possibilidades para redução de volume, concentração de vinhaça convencional, com vapor de escape ou vapor vegetal ou ainda concentração de vinhaça com integração energética.
O processo convencional consiste em utilizar vapor de escape ou vapor vegetal como fonte quente e a concentração com integração energética utiliza os vapores alcoólicos do topo da coluna BB1.
O conceito de utilizar vapor alcoólico de modo a aproveitar esta energia vem sendo utilizado pela JW de longa data, para evaporar vinhaça ou até mesmo como fonte quente para outra coluna de destilação (Duplo Efeito de destilação). Temos no mercado uma planta com capacidade de produção de 1.200 m³/d de etanol hidratado com 3 efeitos de evaporação e outra com capacidade de produção de 600 m³/d de etanol hidratado com 4 efeitos de evaporação.
Em ambos os casos a condensação é feita com condensadores tipo evaporativo que não necessita de água para a condensação dos vapores e ainda reduz em até 2.5 vezes volume de água de resfriamento na destilaria, ou seja, além de ser um processo que não demanda captação ou torres de resfriamento, reduz o volume de água da destilaria.
Comparando o processo convencional e integrados, as diferenças são: a) convencional: consome vapor em maior quantidade, menor investimento e opera independendo da destilaria; b) integrado: baixo consumo de vapor, maior investimento e depende da destilaria para operar.
Concentrar a vinhaça pode não ser a solução definitiva, porém tem trazido grandes benefícios, principalmente para agrícola, segundo clientes que estão utilizando o processo. Dentre os principais benefícios estão: redução do impacto ambiental, redução dos custos de transportes, redução dos custos de aplicação e adubação até o aproveitamento do condensado em diversas áreas do processo.
A JW busca pelo aperfeiçoamento contínuo da qualidade em seus equipamentos e serviços e trabalha para oferecer inovações ao mercado.