PIB recua 0,4% em fevereiro ante janeiro, revela FGV
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 0,4% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e divulgado nesta quarta-feira, 17. Na comparação com o segundo mês de 2018, porém, a atividade econômica avançou 2,3% em fevereiro deste ano.
"O recuo de 0,4% do PIB em fevereiro, de acordo com o Monitor do PIB-FGV, é consequência das retrações nas três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços). Apesar disso, os resultados interanuais mostram melhora substancial da economia, tanto pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda. Essas variações opostas retratam o cenário econômico vivido atualmente no País: a economia ainda evolui positivamente com relação ao ano de 2018, porém não consegue reagir em 2019 dada a grande incerteza com relação ao cenário político e às reformas necessárias para que a economia deslanche. Aparentemente a economia está em modo de espera", avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
Na passagem de janeiro para fevereiro, o PIB agropecuário diminuiu 3,0%, o PIB industrial encolheu 1,3% e o PIB dos serviços caiu 0,1%. Na comparação com fevereiro de 2018, houve perdas apenas nas atividades agropecuária (-0,2%) e indústria extrativa mineral (-8,8%), como consequência do rompimento de uma barragem da Vale na região de Brumadinho, em Minas Gerais, no fim de janeiro.
A indústria de transformação cresceu 3,4%, o comércio teve expansão de 5,0%, e os transportes tiveram avanço de 3,2%.Sob a ótica da demanda, ainda em relação a fevereiro do ano passado, as quedas ocorreram no consumo do governo (-0,6%) e nas importações (-10,0%). O consumo das famílias aumentou 3,8%, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve elevação de 5,1%. Em termos monetários, o PIB totalizou aproximadamente R$ 1,154 trilhão em valores correntes no primeiro bimestre do ano.
Fonte: Época Negócios