Vegetação nativa preservada ocupa 61% da área do brasil
Gite da Embrapa aponta que a vegetação nativa preservada ocupa 61% de todo o território brasileiro.
Estudo do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta que a vegetação nativa preservada ocupa 61% de todo o território brasileiro.
O coordenador do grupo, Evaristo Miranda, explica que dos 850.280.588 hectares que compõem o território brasileiro, 11% são de áreas de vegetação nativa em propriedades rurais, como as de reserva legal (RL) e de proteção permanente (APPs); 17% são de vegetação nativa em unidades de conservação; 13% são de vegetação nativa em terras indígenas e 20% de vegetação nativa em terras devolutas, relevos, águas interiores, etc, o que totaliza os 61%.
Esses dados, conforme o coordenador do Gite, foram atualizados em 2019 pela Embrapa, com base em informações da própria instituição e de outros órgãos do Poder Público e entidades da iniciativa privada, como: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ministério do Meio Ambiente, Fundação Nacional do Índio (Funai), Agência Nacional das Águas (ANA) e Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPOG).
Demais áreas
Os outros 39% do território brasileiro, conforme o levantamento da Embrapa, estão distribuídos entre as áreas ocupadas pelas lavouras e florestas plantadas, com 8%; pastagens 19,7% e cidades, macrologística, infraestrutura, energética, mineradoras e outras, com 11,3%. "Nestes 8% de áreas cultivadas está toda a cana-de-açúcar, toda o reflorestamento, os grãos, a citricultura, enfim, tudo o que plantamos.
Essa agricultura deste tamanho, que preocupa o mundo e que faz um monte de coisa utiliza somente 8% do território brasileiro, imagina se utilizasse 20% , o que também não seria nada, comparando com outros países, imagina o tamanho que poderia ser esse setor", ressaltou o pesquisador.
O Presidente do Sistema Faeg Senar, José Mário Schreiner, destaca que o produtor rural brasileiro trabalha com base em uma das mais rigorosas e restritivas leis ambientais do mundo e citou, como exemplo, a questão das margens de rios, que na legislação brasileira são definidas como APPs, onde é proibido o cultivo. José Mário parabeniza o produtor rural pelo respeito às leis ambientais e destaca as campanhas educativas e de prevenção realizadas em parceria com a Polícia militar e o corpo de bombeiros.
Fonte: AgroLink