Vendas do Tesouro Direto crescem 72% e batem recorde em 2019
A venda de títulos públicos a pessoas físicas somou R$ 30,883 bilhões em 2019, informou hoje (27) o Tesouro Nacional. O valor vendido por meio do programa Tesouro Direto é o maior para um ano desde a criação do programa, em 2002. Em relação a 2018, as vendas cresceram 72,1%.
Apenas em dezembro, o Tesouro vendeu R$ 1,819 bilhão em títulos públicos a pessoas físicas. O montante é levemente inferior a dezembro de 2018 (R$ 1,883 bilhão). Mesmo com a queda no último mês do ano, o programa encerrou 2019 batendo recordes.
O total de investidores ativos no Tesouro Direto - com saldo em aplicações no programa - fechou 2019 com 1.201.181 pessoas registradas. Ao longo de todo o ano passado, 414.863 novos investidores aderiram ao programa, o que representa crescimento de 52,76% no número de investidores ativos na comparação com 2018.
No ano passado, os títulos mais vendidos foram os corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia). Esses papéis concentraram 45,84% das vendas em 2019. Em segundo lugar, vieram os papéis vinculados à inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que responderam por 36,89% das vendas.
Em terceiro, ficaram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), que responderam por 17,27% das vendas. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 1 mil concentraram 65% das operações no ano.
Com o resultado de dezembro, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu para R$ 59,645 bilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro resgatou R$ 1,977 bilhão. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.
Fonte: Época Negócios